Operador 88
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, registrou alta de 0,52% em dezembro, de acordo com o IBGE. Com isso, a inflação acumulada de 2024 foi de 4,83%, superando o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, ou seja, entre 1,5% e 4,5%. Em dezembro, a inflação acelerou em relação ao mês anterior, quando foi registrada alta de 0,39%. O grupo de Alimentação e bebidas foi o principal responsável pela pressão inflacionária no mês, com avanço de 1,18%, o maior impacto sobre o índice geral (0,25 p.p.). Esse foi o quarto mês consecutivo em que os alimentos puxaram o IPCA, impulsionados especialmente pelo aumento nos preços das carnes, com destaque para costela (6,15%), alcatra (5,74%) e contrafilé (5,49%).
Também contribuíram para a alta o óleo de soja, com aumento de 5,12%, e o café moído, que subiu 4,99%. Na alimentação fora de casa, os preços também subiram: refeições fora de casa tiveram alta de 1,42%, enquanto lanches avançaram 0,96%. A única exceção foi o grupo de Habitação, que apresentou queda de 0,56%, impactando negativamente o índice em 0,08 p.p. A retração neste setor ajudou a conter uma aceleração maior da inflação. O resultado de 2024 mostra um desafio para o controle inflacionário, uma vez que o acumulado anual de 4,83% ultrapassou o teto da meta definida pelo CMN. A alta foi impulsionada, principalmente, pelos preços dos alimentos e bebidas, evidenciando o impacto direto sobre o consumo das famílias. Esse cenário reforça a importância de políticas públicas eficazes para conter a pressão inflacionária e garantir o poder de compra dos consumidores. A aceleração da inflação em dezembro também reflete os desafios econômicos para o início de 2025, com a necessidade de um olhar atento ao comportamento dos preços em setores essenciais.
A moeda americana recuou significativamente na segunda-feira (06), após a publicação de reportagens que sugerem que o presidente eleito Donald Trump pode optar por tarifas comerciais mais específicas em vez de aplicar taxas universais amplas sobre importações. O índice do dólar, que acompanha o desempenho da moeda frente a seis principais rivais, registrou sua maior queda diária desde agosto, perdendo até 1% no início do dia. De acordo com o Washington Post, a equipe de Trump estaria avaliando a imposição de tarifas apenas sobre setores estratégicos, como cadeias industriais, metais para a defesa, suprimentos médicos e insumos de energia, como baterias e elementos de terras raras.
Apesar da reação inicial dos mercados, Trump negou veementemente as informações, classificando-as como “Fake News”. Em sua plataforma Truth Social, ele afirmou que sua política de tarifas permanecerá alinhada às promessas de campanha. Mesmo com a recuperação parcial do dólar após o desmentido, a moeda encerrou o dia ainda em queda, destacando a volatilidade provocada pela incerteza em torno da nova administração. Analistas do ING Economics alertam para os impactos potenciais de tarifas universais, que poderiam adicionar até US$ 833 bilhões (cerca de R$ 5,1 trilhões) aos custos dos importadores americanos, com 60% desse valor sendo repassado diretamente aos consumidores, alimentando a inflação. Caso o governo opte por uma abordagem mais focada, o impacto sobre a economia americana pode ser menor, segundo Kyle Chapman, do Ballinger Group. Essa estratégia poderia evitar aumentos generalizados de preços e mitigar o risco de pressão inflacionária significativa, que comprometeria a margem de ação do Federal Reserve para ajustar as taxas de juros. Com a política comercial de Trump ainda em definição, investidores permanecem atentos às sinalizações vindas de sua equipe, enquanto o mercado financeiro se prepara para um período de maior instabilidade.
O dólar ganhou força nesta quinta-feira (26), apesar dos esforços do Banco Central do Brasil (BC) para conter sua alta. A autoridade monetária vendeu a totalidade de sua oferta de US$ 3 bilhões no leilão à vista, uma medida que tem como objetivo aumentar a oferta de dólares no mercado, o que normalmente tende a diminuir a cotação da moeda norte-americana. Com o noticiário econômico mais calmo devido à semana encurtada pelo Natal e o fechamento dos mercados no Brasil, os investidores focaram sua atenção no mercado internacional. Na Ásia, a China anunciou planos para aumentar seu estímulo fiscal no próximo ano, com a emissão de 3 trilhões de iuanes (equivalentes a US$ 411 bilhões ou R$ 2,5 trilhões) em títulos públicos especiais. Este valor representaria o maior valor de estímulo fiscal já registrado pelo país.
Enquanto isso, o governo do Japão prevê que sua economia atingirá capacidade total de produção no próximo ano fiscal, impulsionada por um mercado de trabalho aquecido, o que marca a primeira vez em sete anos que isso ocorrerá. No Brasil, o cenário fiscal continua sendo um tema de preocupação, especialmente com notícias sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que convocou uma reunião de líderes partidários. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve publicar, nos próximos dias, um decreto para corrigir o valor do salário mínimo, o que também está sendo acompanhado de perto pelos mercados. No mercado de ações, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, segue operando com volatilidade, refletindo o clima de incerteza que domina o cenário econômico nacional e internacional.
Na última sessão ordinária de 2024, realizada na quarta-feira (18), a Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) aprovou, em segundo turno, a Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício financeiro de 2025. O orçamento público, estimado em R$ 70,8 bilhões, define as receitas e despesas do governo estadual para o próximo ano. A proposta, apresentada pelo Executivo estadual por meio do Projeto de Lei nº 25.524/2025, havia sido aprovada em primeiro turno na sessão anterior. O relator do projeto, deputado Vitor Bonfim (PV), destacou os esforços para a consolidação do orçamento. Apesar do amplo apoio à proposição, o deputado Hilton Coelho (PSOL) votou contra, apresentando críticas ao planejamento orçamentário. Durante a condução da sessão, o presidente da ALBA, deputado Adolfo Menezes (PSD), destacou o desempenho produtivo da Casa ao longo de 2024. Ele aproveitou a ocasião para anunciar que a eleição da nova Mesa Diretora para o biênio 2025-2026 está marcada para o dia 3 de fevereiro, às 14h30. A aprovação da LOA encerra o ciclo legislativo anual, garantindo a continuidade dos investimentos e das políticas públicas no estado para o próximo ano.
Os trabalhadores têm até esta sexta-feira (20) para receber a segunda parcela do 13º salário, benefício previsto pela legislação trabalhista brasileira. A primeira parcela já havia sido paga até 29 de novembro, conforme o prazo estipulado. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o pagamento do 13º injetará um total de R$ 321,4 bilhões na economia em 2024, com uma média de R$ 3.096,78 por trabalhador, somando as duas parcelas. A gratificação natalina, instituída pela Lei 4.090/1962, beneficia trabalhadores com carteira assinada, aposentados e pensionistas do INSS, além daqueles que atuaram formalmente por pelo menos 15 dias no ano. Para cada mês trabalhado por um período mínimo de 15 dias, o cálculo considera o pagamento integral da gratificação correspondente ao mês.
O benefício abrange: Trabalhadores com carteira assinada; Aposentados e pensionistas do INSS; Trabalhadoras em licença-maternidade; Empregados afastados por doença ou acidente de trabalho. Em casos de demissão sem justa causa, o 13º deve ser pago de forma proporcional no momento da rescisão. No entanto, o direito é perdido caso o desligamento seja por justa causa. Para aposentados e pensionistas do INSS, o pagamento do 13º foi antecipado novamente neste ano. A primeira parcela foi liberada entre 24 de abril e 8 de maio, enquanto a segunda foi paga de 24 de maio a 7 de junho. Com o montante significativo que circula na economia, o pagamento do 13º salário reforça o poder de consumo das famílias e impulsiona setores como comércio e serviços, tradicionalmente aquecidos no final do ano.
O bitcoin, principal criptomoeda do mercado, ultrapassou nesta quinta-feira (05) a marca simbólica de US$ 100 mil (cerca de R$ 604 mil), registrando um recorde histórico. O aumento expressivo no valor da moeda digital reflete, em parte, a onda de otimismo no setor após a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Trump, que já havia criticado severamente as criptomoedas durante seu primeiro mandato (2017-2021), mudou de postura ao longo de sua última campanha eleitoral, recebendo apoio financeiro de grupos ligados ao setor. Agora, o republicano se apresenta como um defensor do mercado digital, prometendo transformar os EUA na "capital mundial do bitcoin e das criptomoedas". A 'criptoesfera' celebra o momento como um marco de legitimidade para a moeda digital, que foi criada há 16 anos sob desconfiança e ceticismo. A retomada de Trump à Casa Branca é vista por muitos investidores como um sinal positivo, especialmente pelo apoio declarado de figuras como Elon Musk, conhecido por sua influência no mercado financeiro e tecnológico. Embora a valorização do bitcoin traga credibilidade ao setor, especialistas apontam que a volatilidade característica das criptomoedas ainda exige cautela dos investidores. Contudo, o recorde reforça o crescimento contínuo do mercado digital e sua consolidação como um dos pilares da economia moderna.
O mercado financeiro enfrentou mais um dia de volatilidade na segunda-feira (02), com o dólar alcançando seu maior valor nominal desde a criação do real. O dólar comercial fechou a R$ 6,069, marcando uma alta de 1,13% (R$ 0,068) no dia. A moeda americana operou em alta ao longo de toda a jornada e, por volta das 13h, atingiu o pico de R$ 6,09.O mercado de ações também registrou oscilações significativas. O índice Ibovespa, da B3, encerrou o dia com queda de 0,34%, a 125.235 pontos. Embora o indicador tenha registrado uma leve alta de 0,13% por volta das 14h50, as flutuações no mercado refletiram um fechamento negativo devido à indefinição em torno do pacote fiscal e mudanças no Imposto de Renda. A incerteza com relação às medidas econômicas anunciadas pelo governo na última quinta-feira (28) também contribuíram para a instabilidade. A falta de envio da proposta de emenda à Constituição que limita o abono salarial e o não envio de projetos de lei sobre a reforma da previdência dos militares e alterações na cobrança do Imposto de Renda gerou receios nos investidores. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, passou a tarde no Palácio do Planalto trabalhando na finalização dos textos das propostas, que ainda geram dúvidas quanto à sua implementação e impacto econômico.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou na sexta-feira (26) que a bandeira tarifária será verde em agosto. Com essa decisão, as contas de energia elétrica dos consumidores não terão custo adicional neste mês. Segundo o diretor-geral da ANEEL, Sandoval Feitosa, no final de junho, houve uma expectativa de menor volume de chuvas para julho, o que se confirmou na maior parte do país. Porém, o volume de chuvas na Região Sul neste mês contribuiu para a definição da bandeira verde em agosto. Após um mês de julho com bandeira amarela, a bandeira tarifária retorna à cor verde para agosto, devido às condições favoráveis para a geração de energia elétrica no país. A bandeira verde permaneceu em vigor por 26 meses, de abril de 2022 a junho de 2024. O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela ANEEL em 2015 para indicar aos consumidores os custos da geração de energia no Brasil. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras, como as termelétricas. Com as bandeiras tarifárias, o consumidor pode ter um papel mais ativo na gestão de sua conta de energia.
Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode ajustar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta. Antes do sistema de bandeiras, os repasses de custos eram feitos somente nos reajustes tarifários anuais, e o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento. A ANEEL reforça a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica, mesmo em períodos favoráveis. A economia de energia contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo.
A cobrança do imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 começa, oficialmente, na quinta-feira, dia 01 de agosto, seguindo as regras determinadas pelo Governo Federal. No entanto, para cumprir com o prazo necessário para os ajustes das declarações de importação, alguns e-commerce's optaram por antecipar a cobrança dos impostos para sábado (27). Esse é o caso do AliExpress e da Shopee, que já informaram que as compras de até US$ 50 efetuadas em suas plataformas a partir do dia 27 contarão com a taxa de importação de 20%. Além desse imposto, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de 17% continuará incidindo sobre os preços dos produtos. A empresa garante que clientes e parceiros serão comunicados nos canais oficiais da plataforma sobre as próximas etapas. A Shopee explica que a taxa será aplicada a partir do dia 27.
Visto que os pedidos terão o DIR (Declaração de Importação de Remessas) emitidos a partir do dia 1º de agosto. Manteremos a transparência em nossas comunicações com os nossos consumidores, os valores serão calculados e detalhados na finalização da compra.
A Shein informa que seguirá rigorosamente a aplicação da legislação e colocará em vigência a nova alíquota do imposto de importação a partir das 0h do dia 1º de agosto.
"A situação prática é de que compras feitas até dois ou três dias antes dessa data poderão ser tributadas com o novo imposto de importação já que existe um intervalo entre o momento da compra e a declaração à Aduana".
O projeto de lei que definiu a taxação das compras internacionais de até US$ 50 foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no fim de junho, após ser aprovado no Congresso Nacional. A medida, que ficou conhecida como "taxa das blusinhas" não incidirá sobre medicamentos.