Aliane Aguiar
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal consolidou, na última sexta-feira (11), a maioria de votos a favor da manutenção das penas impostas aos quatro réus responsabilizados pelo incêndio que chocou o Brasil em 2013, na Boate Kiss, em Santa Maria (RS). O desastre tirou a vida de 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos, tornando-se uma das maiores tragédias da história recente do país. Entre os condenados estão os ex-sócios do estabelecimento, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, que deverão cumprir penas de 22 anos e seis meses, e 19 anos e seis meses de prisão, respectivamente. Também permanecem válidas as condenações de Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, e do produtor musical Luciano Bonilha, ambos sentenciados a 18 anos de reclusão. Até o momento, quatro dos cinco ministros da turma já votaram contra os recursos apresentados pelas defesas, que tentavam anular ou reduzir as penas. A decisão reforça o entendimento de que o Tribunal do Júri agiu corretamente ao responsabilizar os réus pelos acontecimentos que levaram à tragédia, reconhecendo a gravidade dos atos praticados. Com a manutenção das sentenças, o Supremo chancelou a decisão anterior que havia restabelecido as punições e determinado a prisão dos envolvidos. O caso segue sendo um marco na luta por justiça para as famílias das vítimas e pela responsabilização em episódios de negligência que custam vidas.
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