Operador 88
O deputado Nelson Leal, ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, que foi um antigo aliado de Antônio Carlos Magalhães (ACM Cabeça Branca), junto com com seu pai, Emerson Leal (prefeito por quatro mandatos do município de Livramento de Nossa Senhora-BA), pediu exoneração do cargo de Secretário Estadual do Desenvolvimento Econômico, que exercia na cota do PP (Partido Progressista), na última segunda-feira, dia 14.
Nelson e Emerson foram aliados ferrenhos do chamado “carlismo”, época em que o parlamentar foi eleito para seus dois primeiros mandatos, na ALBA, com apoio do grupo carlista. Depois que o PT (Partido dos Trabalhadores) derrotou o carlismo, com a eleição (2006) e reeleição (2010) de Jaques Wagner para governador, pai e filho migraram para o novo governo, aliando-se ao petismo, na Bahia. Inclusive, chegou à presidência da Assembléia Legislativa (2019-2021), cargo em que, pelos critérios de substituição do governador, chegou a assumir o Governo do Estado, em 2019.
No último dia 14, junto com Nelson Leal, outros ocupantes de cargos no Executivo também pediram exoneração. Houve uma verdadeira debandada do Governo Rui Costa, seguindo o vice-governador João Leal, que rompeu com o governo, saindo da base aliada. Além de Nelson Leal, entregaram os cargos, entre outros, o próprio vice-governador João Leão (PP), que ocupava a Secretaria de Planejamento; Leonardo Goes, da Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento; e Leonardo Miranda, do gabinete da Seinfra.
Diante dos últimos acontecimentos, o cenário político da Bahia muda muito. Nelson Leal, por exemplo, acompanhando seu grupo, estaria retornado, de certa forma, ao “carlismo”, ao garantir apoio a Antônio Carlos Magalhães Neto (ACM Neto), ex-prefeito de Salvador, neto e considerado herdeiro do “Cabeça Branca”, também chamado, em sua época, de “Toninho Malvadeza”. Resta saber quando e se um dia esse vai e vem dos políticos terá fim!
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