Operador 88
As autoridades de saúde da Bahia investigam a possível primeira morte provocada por ingestão de bebida alcoólica adulterada com metanol no estado. O caso envolve um homem de 56 anos, identificado como Marcos Evandro Santana da Costa, que foi atendido na UPA da Queimadinha, em Feira de Santana, e não resistiu, vindo a óbito na madrugada desta sexta-feira (03). De acordo com a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), amostras do paciente serão encaminhadas para exame laboratorial. O resultado deve ser divulgado em até sete dias e será determinante para confirmar se a suspeita de intoxicação procede. O alerta ocorre em meio a uma onda de registros semelhantes em outros estados, principalmente em São Paulo, onde o consumo de bebidas batizadas resultou em hospitalizações, perda de visão e óbitos nas últimas semanas. Na quinta-feira (02), a Sesab já havia orientado hospitais e prontos-atendimentos a ficarem atentos a sinais clínicos que possam indicar envenenamento por metanol, reforçando a necessidade de notificação imediata dos casos. A apuração em Feira de Santana conta também com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde e da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). O acompanhamento busca não apenas esclarecer a causa da morte, mas também rastrear a origem da possível bebida adulterada. Segundo dados nacionais, até o dia 2 de outubro, o Brasil já contabilizava 59 notificações de suspeita de intoxicação por metanol, sendo 11 delas confirmadas por exames laboratoriais. Os estados de São Paulo, Pernambuco, Distrito Federal e agora a Bahia figuram entre os locais com ocorrências em investigação. Além do setor de saúde, órgãos de defesa do consumidor também têm se mobilizado. O Procon de Feira de Santana reforçou à população a importância de observar indícios que podem revelar adulteração, como embalagens malfeitas, erros de impressão em rótulos, lacres violados e preços fora da média do mercado. O superintendente Maurício de Carvalho destacou ainda que cheiro e sabor alterados são sinais de alerta que não devem ser ignorados. As autoridades estaduais e municipais informaram que seguem em contato direto com o Ministério da Saúde e demais órgãos federais para alinhar medidas de prevenção e garantir o monitoramento da situação em todo o país.
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