Fala do Jornalista Raimundo Marinho


Fala do Jornalista Raimundo Marinho

Por: Redação do Jornal da 88

Jornalista RAIMUNDO MARINHO
Transcrição adaptada da fala na Rádio 88 FM – 31.07.2023

Livramento, pólo regional Como já destaquei várias vezes e há algum tempo, Livramento tornou-se um reconhecido pólo de desenvolimento regional, devido a seu  arrojado crescimento urbano e econômico, nas últimas décadas. Tem como base a agricultura, através da fruticultura, o comércio e o setor de serviços, hoje em condições de concorrer com Vitória da Conquista, a 200 km, e o vizinho Brumado, 64 km. O impulsionamento veio a partir do projeto de irrigação do DNOCS, atraindo para cá um movimento migratório inédito, principalmente de municípios vizinhos, o que se refletiu visivelmente também na expansão urbana. 

Penso que esse progresso é mérito mais da iniciativa privada, pois a gestão pública não se preocupou com isso, nem planejamento tem. Aliás, as piores administrações municipais ocorreram justo nessas últimas décadas, como mostram a falta de organização urbana, a degradação e defasagem, como sempre repito, dos sisemas de abastecimento de água e tratamento de esgoto, e outras demandas reprimidas de saneamento básico. Os eleitores precisam pensar seriamente nisso, agora, diante das eleições de 2023. Fiquem atentos aos pretensos candidatos! Será que são preparados para administrar o município?

Esperando a decolagem No início do seu 1º mandato (2017-2020), o prefeito Ricardo Ribeiro anunciou a construção de um aeroporto para Livramento. Idéia avançada e brilhante, que ele não foi capaz de concretizar. Chegou a pedir apoio ao então governador Rui Costa, quando este esteve em  Livramento (27/01/2018), a quem disse já ter o local. Não citou isso, na ocasião, mas se trata de uma área de 12.852m², doada pelo empresário João Batista Correia (Pagão). E publicou a bela maquete do terminal, mas só ficou nisso. Esse aeroporto ajudaria a descentralizar mais a aviação comercial da Bahia, sendo de grande importância para os municípios da Bacia do Vale do Paramirim. Permitiria  conexões com o novo aeroporto de Vitória da Conquista, em aeronave menor, para nossa região. Esse projeto, sim,  ajudaria, o prefeito a pensar em ser o “maior da história”, como os seus áulicos desejam. 

Para refletir Começou, dia 28, o novenário da festa em louvor ao Bom Jesus do Taquari, em Livrmento, transmitido ao vivo pela Rádio 88 FM, a partir das 18h30. O tema da festa, que se realiza em 6/8, é "Eu recebi do Senhor o que vos transmiti",  inspirado na 2ª carta do apóstolo Paulo para a Igreja de Corintos, na Grécia antiga, sul da Europa. Em cada novena, o celebrante faz reflexão sobre a liturgia do dia e alerta para a necessidade de se colocar em prática os ensinamentos cristãos. No dia 29, entre outras coisas, o padre falou, por exemplo, sobre o perdão, que disse ser prova de amor ao semelhante. Como bem lembrou, o cristão precisa saber o que é o perdão, sua necessidade e como praticá-lo. 

O evangelho de Mateus diz que o próprio discípulo Pedro perguntou ao Messias: “Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? E Jesus respondeu: não até sete, mas até 70 vezes sete”. Mas o perdão tem de significar conciliação, não deve ser entendido como mera bondade e ato heróico do ofendido. O Mestre Jesus foi  além disso, pois sabia do perigo e dor em carregar, no coração e mente, pensamentos e sentimentos que bloqueiam e perturbam, como ressentimentos, ódio, mágoa, e desejo de vingança. Em outro relato de Mateus, Jesus também alerta: 

“Entra em acordo depressa com teu adversário, enquanto estás com ele a caminho do tribunal, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, o juiz te entregue ao carcereiro, e te joguem na cadeia”. 

No caminho da vida, somos sujeitos a entreveros, discordâncias, agravos, conflitos, malentendios, que são desafios em nossa busca da elevação espiritual. Nessas situações, é necessária muita reflexão, cabeça fria, e foco na grandeza de Deus. Não olhem para as cicratrizes como dores passadas, e sim como marcas das vitórias contra as feridas que foram curadas. Perdão e tolerânia beneficiam mais a quem perdoa. Pensem nisso!