Fala do Jornalista Raimundo Marinho


Fala do Jornalista Raimundo Marinho

Por: Redação do Jornal da 88

Jornalista RAIMUNDO MARINHO
Transcrição adaptada da fala na Rádio 88 FM – 29.05.2023

Nomeação de ruas Até 2019, a Câmara de Vereadores de Livramento e de outros municípios davam nome a ruas, praças, avenidas e edificações, o que era tido como inconstitucional, sob o argumento de que só prefeito pode fazer isso, por criar despesas para a gestão. Mas o STF (Supremo Tribunal Federal) mudou esse entendimento, no RE-1151237 (Recurso Extraordinário) da Câmara de Vereadores de Sorocaba (SP), para manter artigo da lei orgânica de lá dando tal prerrogativa ao Legislativo. Em decisão válida no Brasil todo, o STF definiu que tanto prefeito quanto vereadores podem nomear ruas, praças etc. Baseado nisso, o vereador Josemar Miranda de Livramento propôs colocar isso na lei orgânica local. Segundo ele, se isso não for feito, os logradouros da cidade serão transformados em um painel de homenagens a familiares de prefeitos. 

Os pobres conosco Já perto de ser assassinado, Jesus Cristo estava na casa de Simão, o leproso, na cidade de Betânia, nas proximidades de Jerusalém, quando uma mulher despeja óleo de alabastro na cabeça do Messias, para reverenciar aquele homem que encantava tanta gente. O evangelho de Mateus relata que os discípulos, entre eles Judas, reagem indignados, dizendo: “Por que o desperdício? O perfume poderia ser vendido e dado o dinheiro aos pobres”. Mas o Messias os repreende, dizendo: “Não perturbe esta mulher! Ela praticou uma boa ação para comigo. E os pobres, sempre os terão convosco”. Isso mostra que a demagogia com os pobres é milenar!

A pobreza no Brasil O pobre, no Brasil, infelizmente, virou mercadoria dos políticos. Em tudo, eles usam chavões como “pelos mais pobres”, “os que mais precisam” e “os menos favorecidos”, no lugar das desgastadas expressões “pela igualdade” e “pela justiça social”. Uns dizem que a pobreza acabou no país, que milhões foram tirados da pobreza, mas seguem invocando e usando os pobres. Reduziram a pobreza na caneta, sem subir a renda, ou seja, se pobre era quem ganhava até R$200,00, passou para R$100,00. Mudou apenas o conceito, permanecendo a distribuição de esmolas, na forma de auxílios sociais, tudo com a finalidade de escravizar o voto da pobreza, nas eleições. Pelo Banco Mundial, quem ganha até 1,9 dólar por dia, menos de R$200,00 por mês, vive em extrema pobreza (são quase 20 milhões de pessoas no Brasil). Pelo IBGE, Livramento tem mais de 80% da sua população de pobres e miseráveis.

Especiais nas escolas O vereador Josemar Miranda (Livramento), na sessão de 6ª feira, relatou que duas crianças especiais estão sem o acompanhamento previsto em lei, nas escolas municipais Rômulo Galvão e Fernando Ledo, deixando os pais desesperados. Citou que, na Rômulo Galvão, foi ignorado até o relatório médico atestando a necessidade especial da criança, conforme relatado pela mãe. O parlamentar pediu solução ao setor responsável da prefeitura, apelando nominalmente para o encarregado, que é o psicólogo Zeferino de Paulo Lima Neto. O presidente da Câmara, Ronilton Alves, endossou a fala do colega Josemar e pediu ao psicólogo para cuidar melhor da sua função pública, salvando as crianças da situação crítica apontada. Lembrou que o servidor acusou a Câmara de omissa, recentemente, sobre a falta de assistência às crianças e jovens de Livramento, isentando o verdadeiro responsável, que é o Executivo, justo através do setor onde Zeferino Neto atua.

Para refletir Relembro mensagem que apresentei, aqui, há dois anos (28.05.2021), sugerindo que a gente observasse tudo que há onde vivemos, vendo e sentindo o que existe em nossa volta. Podemos ver algumas coisas tristes, mas a natureza, no todo e nos detalhes, é cheia de encantos! Bom ver como as criaturas Deus se movem, sozinhas, em intrigante perfeição, como as idas e vindas do “João de Barro”, enquanto faz sua casinha, durante dias carregando diminutas porções de barro; e as formiguinhas que carregam folhas e insetos incrivelmente maiores que elas. Quanto equilíbrio e mistério, na natureza! Vemos, também, situações entristecedoras, principalmente as que envolvem os humanos. 

Impressionante, como não hesitamos em trocar grosserias uns com os outros, dominados pela ira, intolerância e falta de gentileza! Vemos isso até entre aqueles que se uniram sob juras de amor! Certa vez, vi um pai e uma mãe aos berros diante da birra de uma criança! Exatamente quando se faziam necessários e obrigatórios carinho e suavidade. Em várias ocasiões, observei cães enxotados, com chutes, pau e pedra, só porque, famintos, esperavam que lhes caísse algo para comer, próximo a um restaurante. E pior são os que envenenam os animais, e estes morrem em dolorosa agonia. Como será que as leis da natureza responderão às agressões contra ela? Creio não ser da mesma forma generosa como responde aos que a tratam com generosidade! Pensem nisso!