Fala do Jornalista Raimundo Marinho


Fala do Jornalista Raimundo Marinho

Por: Redação do Jornal da 88

Jornalista RAIMUNDO MARINHO
Transcrição adaptada da fala na Rádio 88 FM – 12.04.2023

100 dias de governo Dia 10, a atual administração federal fez 100 dias. Infelizmente, nada relevante a comemorar! O governo mostra-se perdido, sem maioria no Congresso Nacional, sem apoio popular. E, pior, sem um projeto de país. O presidente Luís Inácio da Silva e seus ministros não param de colocar a culpa no presidente anterior, Jair Bolsonaro. Já virou motivo de piada! Não há boas perspectivas para a população! O novo governo elevou muito as despesas, incluindo os novos ministérios criados, e quer dinheiro para cobrir os gastos. Quem pagará tudo, claro, é o pagador de impostos, os brasileiros! Os preços sobem de forma galopante, e a carestia é inevitável, e o rombo fiscal poderá ser inédito! O presidente está na China, com uma big comitiva, em missão vista mais como ideológica do que comercial! A China quer dominar o mundo!

A lei do saneamento O presidente da República Luís Inácio da Silva alterou, por decretos, a nova Lei Nacional do Saneamento, aprovada em 2020, que atualizou as regras do setor, abrindo para investimentos privados. O atraso do setor era atribuído à falta disso, como em Livramento, que ficou sem esgoto e o sistema de água está mais de 20 anos defasado, segundo a Agência Nacional de Água (ANA). Os atos presidenciais reabilitam privilégios de concessionárias estatais, como a Embasa (Empresa Baiana de Água e Saneamento), ao acabar com a licitação e relaxar prazos da lei de 2020. Isso afasta ou dificulta investimentos privados, que ajudariam a tirar o setor do atraso. Será até 2033 o prazo para 99% a população ser suprida de água potável e 90% de esgoto. Os decretos do presidente, no entanto, podem ser derrubados no Congresso Nacional, pois uma lei só pode ser alterada por outra lei e nunca por decretos. 

Inativos maltratados Sobre o achatamento de vencimentos dos aposentados da Educação da Bahia, o jornal Correio, de Salvador, publicou, dia 8/4, matéria detalhada sobre o assunto, da qual destaco o drama de duas irmãs que dividem as contas para poder sobreviver. Uma delas disse que se Deus levar uma a outra não terá como se manter. Segundo os inativos, a deterioração salarial e o empobrecimento deles foram nos últimos 12 anos, justo nos governos do Partido dos Trabalhadores. Uma perversidade com quem dedicou a vida à Educação. Ao invés de pagar o piso (R$4.420,00), incluindo os aposentados, o governo muda nomenclaturas, para usar reajuste linear, bem inferior. Salário, por exemplo, virou subsídio, para professor de nível médio. Não cola, e quem se achar prejudicado pode recorrer à Justiça! O governo também aumentou a contribuição ao Funprev (fundo de previdência) de 12% para 14%, sem aumentar os salários, e reduziu de 4% para 2% a cota estatal ao Planserv (plano de saúde), piorando os serviços.  No final de sua gestão, o então governador Rui Costa só pagou metade dos precatórios Fundef devidos (R$2,8 bilhões). E os servidores e sindicatos não questionam isso, onde está a outra metade (R$1,4 bilhão)!

Para refletir O evangelista Lucas (24, 1-12) relatou que, após a morte de Jesus, mulheres foram cuidar do corpo, como era o costume, e encontraram o túmulo vazio. Enquanto imaginava que o corpo fora roubado, aparecem dois homens vestidos de branco e dizem a elas: “Por que procuras entre os mortos quem está vivo? Ele Ressuscitou!” E as mulheres foram avisar os apóstolos, que correram todos ao local. Na “Quaresma”, vimos muito da vida de Jesus e do que Ele ensinou. Na “Semana Santa”, revivemos os dias angustiosos que Ele viveu. De algum modo, testemunhamos o desprezo a que foi relegado, mesmo sendo filho de Deus, e a forma cruel com que fora assassinado. E agora? 

Como usaremos essa experiência? Só repetir tudo, ano que vem, como fazemos há centenas de anos? Ou vamos agir como verdadeiros cristãos, trazendo o exemplo de Jesus para dentro de nossas vidas? Devemos aprender tudo sobre o sentido da vida de Cristo, de tudo que ele ensinou. Conseguiremos isso estudando os evangelhos e outros livros sobre sua vida, e ouvindo nossas igrejas. Os evangelhos são de dois mil anos atrás, escrito na linguagem da época, quando nem o próprio Jesus pode falar mais claramente sobre a realidade espiritual. Ele foi muito didático, mas sabia o que não era compreensível naquele tempo. Observem os relatos da transfiguração, no Monte Tabor, os homens de branco com aquelas mulheres, a aparição de Jesus na reunião de portas trancadas dos discípulos! Enfim, há muito a estudar e a aprender. Mas temos muito a viver! Muitas vezes, basta viver corretamente! E, um dia, a plena iluminação chegará! Pensem nisso!