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Luis Terêncio e Thaynara Freire

Médico livramentense conta como chegou à direção do maior CTI público da América Latina

  • Por Redação do Jornal da 88

  • 04.Abr.2025 // 15h47

  • Livramento

Médico livramentense conta como chegou à direção do maior CTI público da América Latina
Foto/Reprodução: Redes Sociais

Nascido em 31 de outubro de 1993, no município de Livramento de Nossa Senhora, interior da Bahia, o médico intensivista Dr. Rivelino Trindade de Azevedo transformou uma infância marcada por desafios em uma história de superação, dedicação e protagonismo na saúde pública brasileira. Criado até os nove anos pelos avós maternos na zona rural, Rivelino viu de perto as limitações do sistema de saúde ao acompanhar o sofrimento da avó, diagnosticada com câncer colorretal. Essa experiência, ainda na infância, acendeu nele a vocação para a medicina. Filho mais velho de uma mãe adolescente e o primeiro da família a entrar na universidade, encontrou nos estudos o caminho para romper barreiras sociais. Desde cedo, acumulou medalhas em competições nacionais como as Olimpíadas Brasileiras de Matemática e de Astronomia. Aos 14 anos, deixou a Bahia e seguiu para Belo Horizonte, onde cursou o ensino médio e se preparou para os vestibulares. Aprovado em sete instituições, iniciou Medicina na UFAL, mas logo se transferiu para a UNIRIO, no Rio de Janeiro, onde concluiu sua graduação. Durante a faculdade, enfrentou dificuldades financeiras, mas encontrou nas bolsas acadêmicas e monitorias a chance de continuar.

Participou de pesquisas em laboratórios de destaque nas áreas de sono, imunologia e doenças cardíacas, sendo premiado pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões por sua atuação científica. Após a formação, especializou-se em Medicina Intensiva e concluiu um MBA em Gestão, Inovação e Processos em Saúde. Rápido em assumir posições de liderança, foi chefe de plantão e responsável técnico em unidades de atenção primária no Rio. Com a chegada da pandemia de COVID-19, sua trajetória ganhou ainda mais destaque. Atuando na linha de frente, chegou a trabalhar até 124 horas por semana. Foi convidado para assumir a Direção Técnica Médica do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, ao lado do Dr. Roberto Rangel e do então Secretário de Saúde do Rio, Dr. Daniel Soranz. Sob essa gestão, o Gazolla se transformou em referência no combate à COVID-19, dobrando a quantidade de leitos e se tornando, segundo a OPAS, o maior hospital público de terapia intensiva da América Latina, com 280 leitos de CTI. Além do combate à pandemia, Rivelino foi peça-chave na consolidação do Gazolla como centro de ensino e pesquisa, estabelecendo parcerias com instituições como Fiocruz e Hospital Sírio-Libanês, além de viabilizar a criação de programas de residência médica. Seu foco sempre esteve em três pilares: segurança do paciente, qualificação da equipe e humanização do cuidado. Hoje, Dr. Rivelino segue comprometido com a inovação e o aprimoramento da gestão hospitalar. Valoriza a escuta ativa, a empatia e o trabalho em equipe como alicerces para transformar realidades. Seu lema resume a missão que abraçou desde criança: “Hospital é lugar de vida, segurança e satisfação.”

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