Cinco anos da tragédia em Jussiape; Policial segue em estado vegetativo


Cinco anos da tragédia em Jussiape; Policial segue em estado vegetativo

Por: L12 Sudoeste

Nesta última sexta-feira (24), completou cinco anos da tragédia do dia 24 de novembro de 2012, na cidade de Jussiape, na Chapada Diamantina. Por esse dia marcante, por uma triste lembrança para a população de jussiapense, data considerada feriado municipal, instituído através da Lei municipal, instituída pelo ex-prefeito Gilberto dos Santos Freitas.

Na ocasião, a chacina brutal, ao melhor estilo cangaço, do prefeito municipal Procópio Pereira de Alencar, de 75 anos, de sua esposa, Jandira Oliveira Alencar, de 71 anos e do gerente local da Embasa Oderlange Pereira Novaes, de 46 anos, abalou a região sudoeste e se tornou manchete nacional. Os três foram assassinados por Claudionor Galvão de Oliveira, 43, "Coló do Quiosque" que depois foi morto em confronto com uma guarnição da 46ª CIPM. A tragédia teria ocorrido por vingança, em razão de “bulling político” contra Coló do Quiosque.

A polícia militar conseguiu evitar que, pelo menos, mais 7 pessoas fossem executadas pelo atirador. Testemunhas oculares afirmaram que "Coló" possuía uma lista de 10 pessoas marcadas para morrer naquele ataque. Aquela talvez tenha sido uma das missões mais difíceis da polícia militar de Livramento.

O Atirador portava um cinturão contendo vasta munições e duas armas de fogo. O destemido policial militar, Givanildo dos Santos Alves, disposto a todo custo evitar que mais vidas fossem ceifadas, bravamente enfrentou o atirador, mas acabou sendo atingido por um disparo na cabeça. Um outro policial militar foi baleado na perna.

Para a família de Givanildo, a tragédia se transformou em uma angústia que parece não ter fim. Há cinco anos ele se encontra em estado vegetativo persistente; Não fala, não ouve, não se move e nem se comunica de nenhuma forma, apenas abre e fecha os olhos e seu corpo, de forma automática, realiza as atividades fisiológicas.

Este é um episódio triste e lamentável… Mas a fé, a esperança, o amor que mantém seus familiares de pé e confiantes, permanece. "[...] ele se encontra acamado...Cinco anos sem escutarmos a sua voz, seu sorriso e sem o seu andar, por causa de um sonho, sonho (ser policial militar) este que o resultou assim. Mudou uma rotina da minha mãe também, uma mãe guerreira, batalhadora, que não tem mais horário de dormir, de comer, de descanso, sua vida mudou. Tenho confiança e fé que tudo se resolverá e que minha mãe, meu irmão, a minha família, ficará bem. Deus está sempre conosco, lutando e cuidando de nós, apenas temos que acreditar e confiar na sua vontade", escreveu Solange Alves, irmã do policial Givanildo, em seu perfil no facebook.