Colégios baianos mudam CNAE para atuar como forma de amenizar prejuízos, diz associação


Colégios baianos mudam CNAE para atuar como forma de amenizar prejuízos, diz associação

Por: Bahia Notícias

Desde o anúncio do governador da Bahia, Rui Costa no dia 18 de março de 2020, suspendendo as atividades em todas as escolas do estado - incluindo as da rede particular -, o setor segue sem definição. A saída para muitos empresários do ramo na Bahia foi alterar o CNAE, a classificação nacional de atividades econômicas para diminuir o prejuízo. Segundo Bruno Sepúlveda, diretor da Associação Baiana dos Profissionais de Educação Infantil e Afins (ABEIA/BA), a atitude é um "constrangimento" para as instituições. "Na realidade, a mudança de CNAE é para abrir as portas. Como não é o caso de Salvador. Não adianta mudar o CNAE para recreação infantil. As escolas estão vivendo na época da lei seca. Não podemos educar, falar de educação e não há alternativa para isso", explicou. Bruno confirmou casos da prática em instituições de Eunápolis, Vitória da Conquista, Ilhéus, Salvador, Camaçari, Lauro de Freitas e Jequié. "É extremamente complicado. A forma como a educação está sendo maltratada na Bahia tanto governo e prefeitura já poderiam dar uma previsão. Eles já tem os protocolos de segurança. As autoridades têm que reafirmar isso para se sentir seguros para os pais se matricularem. Começou um processo lento e vagaroso. Essa questão de acrescentar o CNAE começou em 2020 e a gente já descobriu essa forma de agir. Precisam colocar receita para as escolas sobreviverem", disse.